Capitulo 2
– Esse é o Felipe
- Querido.
– Felipe ouve, a voz era doce e aconchegante. – Felipe, filho acorde. – Ah sim,
era a sua mãe, Hanna Collins. Ela sempre fazia isso, todos os dias fazia
questão de acordar Felipe e a irmã por mais que estejam de férias.
- Poxa mãe,
eu quero dormir mais um pouco. – Ele pede se cobrindo com o lençol.
- Negativo
Felipe, vamos quero que você me ajude a fazer o café da manha. Vamos filho.
- Ok, eu já
estou indo. – Ele disse ainda sonolento a mãe dele agradeceu e saiu para ele
levantar e se vestir.
Péssimo dia
para Felipe, amanhã era a volta as aulas, ele não gostava de estudar nem um
pouco, porem se esforçava para ficar na media. Felipe sabia muito bem a
responsabilidade que tinha nas costas.
Ele
levantou, arrumou a cama, afinal, não tinha mais ninguém para fazer isso para
ele, depois limpou-se e vestiu uma camisa simples e uma bermuda jeans e claro,
tênis.
Ele ajudou
a mãe com as panquecas e logo Charlie aparece sonolenta na cozinha.
- Nossa
maninha, parece que não dormiu nada. – Felipe zoa a irmãzinha.
Charlie
revira os olhos e responde.
- Você não
tem mais nada pra falar Felipe. Por que não coloca um pãozinho na boca e fica
quieto. – Ela diz mal humorada coçando a cabeça loira.
- Ei
Charlie, mais respeito com seu irmão e ele estava certo sim, senhora. Eu ouvi a
zoada do filme de terror que você estava assistindo a noite. – Hanna a
repreendi, Felipe ri e Charlie apenas arregala o olho, envergonhada.
- Desculpe
mãe, é que era um grande filme e eu pensei que a senhora estaria dormindo. –
Ela disse comendo um pãozinho.
- Isso
Charlie, mastigue seu pãozinho antes que tente dar outra desculpa esfarrapada.
– Felipe brinca.
A Família
Collins vivia assim, simples e feliz. Felipe, Charlie e a mãe deles haviam perdido
o pai, Cruz Collins há oito anos, desde dai Felipe estuda e trabalha meio
período e Hanna está quase sempre de plantão para sanar as dividas que ele
deixou e conseguir sustentar Felipe e Charlie, para que nada os falte.
Embora os
problemas sejam muitos, tudo ficava bem pequeno quando os três sentavam a mesa,
era risadas e momentos felizes sem nenhum resquício de tristeza.
Felipe, por
mais que parecesse relaxado às vezes, tinha a mente bem focada. Estudaria, se
formaria e escolheria algo que contribuísse com o seu país e com as despesas de
Charlie e da sua mãe. Ele nunca pensou em viajar, a não ser que seja com a sua
família, e se mudar muito menos. Naquela simples casa, ele e Charlie cresceram
fora as lembranças do seu pai. Tudo ali, naquela casinha.
Charlie,
sua irmãzinha de 9 anos, pensava muito além. Ela queria ser atriz ou diretora
de cinema, ela era apaixonada por filmes, principalmente os de terror. Charlie
era a princesa naquela casa, por mais que ela odiasse ser chamada assim, era
loirinha como o pai, tinha o rostinho do pai e ainda tinha traços de
personalidade do pai. Era a joia rara da família Collins.
Hanna
sempre foi muito orgulhosa dos seus filhos, Felipe era um grande menino, com a
personalidade muito forte, Charlie era divertida e carinhosa, mas era muito
diferente das meninas da sua idade. Hanna desejava que Cruz estivesse aqui para
ver Felipe se transformar em um homem e ver Charlie, pessoa que ele apenas tinha
visto bebê, se transformar em uma menina cheia de peculiaridades, mas
infelizmente a morte o procurou e o levou pra longe de quem tanto precisava
dele.
- Crianças,
depois daqui vocês podem sair. O dia está lindo e aproveitem antes das aulas
voltarem. – A mãe disse e Charlie se animou na cadeira.
- Ótimo.
Vamos passear Felipe! – Ela disse entusiasmada.
- Claro,
mas e você mãe. – Felipe não cotinha a mesma animação, ele sabia exatamente
aonde Charlie queria ir.
- Eu
ficarei bem, na verdade, preciso de vocês fora de casa um pouco, estou cansada
da cara de vocês todo santo dia. – Ela brincou e eles riram.
- Tudo bem,
ande Charlie, se arrume. – Ele falou derrotado.
- Oba! –
Ela disse indo se vestir.
- Paciência
filho. – Hanna observa.
- Ela vai
querer ir ao Snack mãe, Charlie não entende.
- Eu sei,
mas por favor Felipe, deixe ela pensar que esta tudo bem e que somos iguais a
todos, por que somos. Snack é um lugar publico e a Charlie sempre quis ir lá. –
Ela disse colocando a mão no seu ombro. – Ligue para o Zac, ele se animara
também, um dia não matara ninguém meu filho.
Felipe
apenas assentiu e digitou uma mensagem para o melhor amigo, sua mãe estava
certa, Zac ficou feliz com o chamado. Ele sempre tentou arrastar Felipe para
programas como esse, mas Felipe sempre trocava tudo por uma partida de futebol
ou uma andada de skate.
Charlie
penteou-se e pôs o seu vestido preferido. Ele era florido com rosas, calçou uma
sapatilha e colocou uma pulseira. Estava muito fofinha.
- Você esta
uma princesinha. – Felipe fala enquanto eles caminhavam para fora de casa.
- Sei que
estou bonita, mas não sou princesa. – Ela disse meio irritada.
- Hey
Collins. – Zac disse buzinando e parando em frente a eles, bem humorado como
sempre.
- Hey Cara.
– Felipe disse amigável para Zac entrando no carro enquanto Charlie se sentava
no banco de trás.
- Olá Zac.
– Charlie disse doce e Zac ouviu o seu coração apertasse de tanta fofura que a
criança espalhava.
- Oi minha
doçura, como acordou? – Ele disse fitando a menina pelo espelho.
- Sem nenhum
pouco de educação. – Felipe se intromete.
- Oh
Felipe, ele perguntou para mim, não foi Zac? – Charlie disse com certeza
irritada.
- É cara,
você nunca sabe quando ficar calado.
E assim os
três seguiram para o Snack, com brincadeiras e risadas. No caminho Felipe refez
o seu plano para hoje. Eles iriam ao Snack, ele realizaria o desejo de Charlie,
depois sairiam de lá, iriam ao supermercado compra com uma pequena parte de seu
salario, guloseimas para que possam comer enquanto assistiam a algum filme em casa,
e depois quem sabe ir a casa de alguém, aonde estaria acontecendo alguma coisa,
sem nenhum tipo de estresse. Felipe só não contava com uma coisa: